Aluguel para baixa renda: por que é oportunidade durante a crise?

Atualizado em 05/07/2017 as 09:00
Tempo de leitura: 9min aprox.

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Em momentos de crise, é preciso pensar estrategicamente e aproveitar as oportunidades. No mercado imobiliário, o aluguel para baixa renda tem-se mostrado uma das alternativas mais seguras para cobrir os custos de um imóvel, mesmo que isso implique abrir mão de valores maiores.

Entretanto, os corretores muitas vezes encontram resistência dos proprietários em negociar o valor do aluguel para se adaptar à realidade do momento. É preciso saber como agir. Para isso, cabe ao profissional entender, antes de tudo, os motivos das dificuldades em alugar imóveis mais caros e a importância de buscar alternativas viáveis.

Acompanhe as informações que reunimos neste artigo e saiba mais a respeito.

O cenário econômico e suas implicações no mercado imobiliário

É fato que a economia impacta o mercado imobiliário. Isso não acontece somente por intermédio dos produtos do mercado financeiro (devido à oscilação dos valores de fundos imobiliários, por exemplo). O IGP-M, Índice Geral de Preços do Mercado, é o principal indexador dos reajustes de aluguel. Quando o mercado se retrai, os preços sofrem o mesmo processo.

Como a crise não acontece da noite para o dia, ao observar o movimento dos números você percebe o furacão se formando no horizonte. Voltando um pouco no tempo e olhando para 2010, percebemos que o aumento do preço dos aluguéis, embora continuasse acontecendo, estava desacelerando. Ficaram em:

  • 18,56% em 2010;
  • 17,30 em 2011;
  • 10,58% em 2012;
  • 7,86% em 2013.

Esse valor foi caindo cada vez mais, até que, em 2016, no centro da crise, viu-se um fenômeno que não acontecia desde 2008: a queda nos preços. Foi observado um recuo de mais de 3%, que, quando aplicado o IPCA para descontar a desvalorização da moeda (por causa da inflação), a queda real ultrapassava 12,5%.

No mercado imobiliário, não é só o aluguel que é afetado pela crise. A redução dos preços de venda e os índices de inadimplência também são problemas registrados nesse período. Para se ter uma ideia, a Caixa Econômica Federal, maior agente do Sistema Financeiro Habitacional do país, aumentou em mais de 80% o índice de retomadas (situações em que o imóvel foi resgatado de um comprador inadimplente).

Não é fácil para um locador adaptar sua qualidade de vida e sua rotina ao lidar com um decréscimo de sua renda: mas isso também acontece para o locador, que busca alternativas mais baratas. Os índices de desemprego e de endividamento crescem e, com eles, as dificuldades em se manter estável nesse momento delicado da economia.

É preciso entender esse movimento e se adaptar à realidade do momento. Assim, a regra do momento é: dance conforme a música.

O aumento da oferta e a redução da demanda

Diante de um quadro desse, o que acontece? O número de imóveis disponíveis cresce, e o locador passa a ter mais opções, escolhendo a que mais se adapta ao seu orçamento. Com isso, os imóveis mais caros não giram, por assim dizer. Eles ficam “na prateleira”, perdendo espaço para opções mais econômicas.

O consumidor, também incerto quanto ao futuro e eventualmente passando por apertos em seu orçamento abre mão de imóveis com diferenciais que oneram o aluguel e partem para opções mais básicas. A consequência natural disso é que imóveis parados tendem a ter uma redução de preço, pois é melhor estar alugado do que vazio, de toda forma.

As vantagens de manter o aluguel para baixa renda

Ainda que esteja de portas fechadas, um imóvel tem custos, entre eles:

  • IPTU;
  • custos de manutenção;
  • condomínio, em alguns casos;
  • reparos estruturais pelo desgaste natural.

Um imóvel que não está locado não somente tira a renda do proprietário: ele traz prejuízos, à medida que esses gastos precisam ser cobertos, independentemente de ter um morador lá ou não.

Não adianta pensar que a redução do aluguel desvaloriza o imóvel — essa é uma das preocupações dos donos. O movimento natural do mercado que, em seu fluxo habitual, traz reajustes anuais para cima vai se recompor depois da crise. Assim, o decréscimo se movimenta em ré e o preço torna a subir.

O momento é do inquilino: incentive o locador a conquistá-lo

No entanto, se o proprietário pensar de forma estratégica, ele vai entender que há oportunidades também na crise. Na verdade, alguém que tem vários imóveis geralmente pensa em diversificar sua carteira para ter imóveis mais caros e mais baratos, por assim dizer, e ter ofertas para os momentos de alta e baixa de cada um deles.

Neste momento atual, é hora de dar a vez ao inquilino. Ele tem o poder de decisão nas mãos e é preciso ser inteligente e aproveitar a oportunidade para conquistá-lo. Imagine que, com o decorrer dos meses, a tendência natural é a recuperação do mercado (isso já está acontecendo, visto que em abril deste ano, uma recuperação muito tímida, de cerca de 0,09%, já foi registrada).

Seu inquilino, que paga os aluguéis em dia, possivelmente vai preferir se manter em um imóvel que foi locado por um valor abaixo da média do que sair em busca de um novo. Assim, a recuperação dos valores acontece de forma segura para o proprietário. Ah, sem falar que, nesse meio tempo, os gastos de manutenção do imóvel estão cobertos, pois ele está se pagando.

A importância de ter um corretor conselheiro e consultor

Quem tem o poder de convencer o dono do imóvel a entender a dinâmica de mercado e explorar suas possibilidades? O corretor de imóveis. Nesse momento, ele passa a ser um consultor — no sentido mais completo da palavra.

Seu conselho profissional, alicerçado em sua experiência e conhecimento de mercado, dá segurança ao cliente (proprietário do imóvel) e solidifica ainda mais a relação de confiança entre eles.

Esclarecer a situação da economia, fornecer informações de deságios passados e previsões de melhorias futuras faz com que o locador entenda a situação e se sinta seguro para tomar a decisão de abrir mão do aluguel mais alto para garantir a ocupação do imóvel.

Assim, o cliente, mesmo recebendo valores de imóveis aquém do que tinha antes em suas mãos, sai satisfeito, pois tem a certeza de estar sendo bem assessorado e escolhendo a melhor saída para o momento de crise.

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